sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sopa de Salsa da Bisavó


Hoje resolvi partilhar convosco esta sopa. Sim, de salsa. Acham estranho?! De facto, a salsa não é frequentemente utilizada em sopas como o ingrediente principal, mas porque não? Será tida como parente pobre das sopas?
Esta receita é feita cá em casa desde o tempo da minha bisavó, uma mulher notável, enérgica e astuta  a quem foi permitido ver o sol até aos 95 anos, proveniente de gente rija do campo e conhecedora de todas as ervas medicinais sobre as quais sabia histórias e com as quais orquestrava xaropes, pomadas, sabões, desinfetantes - e agora lembrei-me da água de malvas que preparava todos os dias para lavar as vistas, talvez poção anti-rugas da época. Já nessa altura ela falava dos benefícios da baba do caracol e agora é assistirmos a anúncios publicitários uns atrás dos outros apregoando os benefícios da referida baba.
Confesso que me estou a perder no discurso e que a minha intenção era falar da sopa de salsa cá de casa. Que me desculpem os adeptos do "straight to the point".

Esta sopa reflete na perfeição o sabor característico da salsa. Se fosse de coentros, e também porque não?, realçaria de certeza o paladar do coentro.

Há quem a aprecie triturada. Porém, cá em casa gostamos de sentir as folhinhas de salsa cozidas, previamente cortadas aos bocadinhos, com uma tesoura, antes de serem introduzidas no creme.

Base

6 batatas (costumo colocar 4 batatas e 1 courgette)
1 cenoura grande
1 cebola
1 dente de alho
água
sal

Cozem-se os ingredientes acima descritos e trituram-se com a varinha mágica.

Adiciona-se um ramo generoso de salsa, sem os caules mais grossinhos, cortado aos pedacinhos com a tesoura de cozinha.

Deixa-se cozer a salsa. Rega-se com azeite a gosto.

Está pronta a servir e a reconfortar a alma, nestes dias que já vão sendo mais frescos.


Espero que tenham gostado da sugestão.


Se, por acaso, reproduzirem esta sopa digam-me se gostaram.


Poderão também espreitar outra receita açoriana de sopa de salsa aqui:.http://maisacrequedoce.blogspot.com/2011/06/sopa-de-salsa-e-uma-memoria-de-jantares.html

Patrícia

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Empadão de Maçã com compota

Fiz massa quebrada do livro base da Bimby.




Dividi a massa a meio e com uma parte forrei uma tarteira; cortei 3 maçãs e deitei-as às lascas por cima da massa, salpiquei-as com um pouquito de açúcar e canela; pus, ainda por cima, um frasco de compota de maçã e figo caseira. Peguei na restante massa e fui fazendo bolinhas e esticando-as para fazer o efeito xadrez que se pode ver na foto, a fim de cobrir, mais ou menos, o recheio do empadão. No fim, voltei a salpicar com canela, mas antes barrei as tiras com manteiga líquida Vaqueiro. Voilá. Ficou saborosíssima.





PMT

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Biscoitos Finos segundo A Mulher na Sala e na Cozinha


Os livros e os escritores são o espelho das épocas.

A Mulher na Sala e na Cozinha, que se caracteriza por ser um livro de receitas, pretende igualmente formar as donas de casa na arte da etiqueta e do bem receber e fá-lo de forma transversal, intemporal até.
Este exemplar de autoria de Laura Santos autodefine-se, nesta 16ª edição, como " o mais popular e divulgado livro de culinária português". Fica aqui a modéstia de parte. Só o leitor poderá asseverar isso. O que é facto é que este livro faz parte das bibliotecas de cozinha e tem passado de geração em geração, de mães para filhas, como é o meu caso. Tenho uma edição mais recente mas resolvi mostrar-vos esta que transpira antiguidade e uso. E para que serve um livro se não para ser folheado, absorvido e, neste caso, materializado em iguarias reconfortantes que cheiram a lar?


Resolvi fazer estes biscoitos para saboreá-los com a família.
Como a tecnologia está cada vez mais presente nas nossas cozinhas para nos simplificar a vida, recorri à Bimby, que misturou todos os ingredientes abaixo indicados num ápice. Mas não abdiquei da ajuda de mãozinhas pequeninas e habilidosas para me ajudar a estender a massa e fazer estas argolinhas.


500 gramas de farinha
250gr de açúcar (reduzi para 100)
100 gramas de manteiga
1 gema e três claras

Colocam-se todos os ingredientes na máquina durante 2 minutos na velocidade espiga.
Estende-se a massa numa superfície enfarinhada e fazem-se argolinhas.
Polvilham-se com açúcar pilé.
Fiz três coberturas: uma com açúcar pilé, outra com açúcar granulado e outra com açúcar pilé ao qual adicionei um pouco de água para ficar com aspeto de calda. Experiências!!! Gostei das três versões.
Vão ao forno a cozer em tabuleiros forrados com papel vegetal.

Desejo-vos uma boa semana!

Patrícia

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Bolo de Maçã da Diana - uma Azoresgal

Uma das coisas que me dá prazer é cozinhar. Estar na cozinha entre tachos e panelas, batedeiras e varinhas, no liga desliga botão, tapa e destapa, abre e fecha frigorífico, lava e seca, põe mesa e tira mesa. É estranho. Estas tarefas para a maioria das donas de casa são rotineiras e enfadonhas. Eu gosto delas. São ações necessárias que me agradam. Com estas fujo de outras, burocráticas e associadas com a profissão. Mas que fique claro que adoro o que faço. Tenho dificuldade em imaginar-me sem os meus alunos, sem o ambiente de sala de aula,  sem os colegas e sem a escola em geral. Só não gosto de toda a papelada associada que me distrai da minha missão que é ensinar, mas disto queixam-se todos os professores.


Também aprecio visitar, nos tempos livres que tenho, por vezes breves minutos à noite, as cozinhas das amigas da blogosfera.

Esta receita, retirada do blog da Diana, surpreendeu-me pelos aromas e sabores e pelo carinho com que ela cozinha, a pensar na família e nos amigos.

Tomei a liberdade de traduzir a receita, porque no blog da Diana encontra-se em Inglês. Adaptei-a porque não tinha açúcar mascavado em casa. Assim, coloquei três ou quatro colheres de sopa de melaço.

E parece que temos a Maçã e o Outono ao Desafio aqui no Receitas.

Disfrutem!


Ingredientes

4 maçãs descascadas e cortadas aos pedacinhos


1 chávena de açúcar mascavado

1 chávena de açúcar

1 chávena e meia de óleo

3 ovos bem batidos

2 colheres de chá de baunilha

3 chávenas de farinhas

2 colheres de chá de fermento

1/2 colher de chá de sal

2 colheres de chá de canela

1 colher de chá de noz-moscada


Modo de preparação

Misturar bem as maçãs com o açúcar. Adicionar o óleo. Juntar lentamente os ovos, a baunilha de depois todos os ingredientes secos.
Colocar o preparado num tabuleiro untado.
Cozer no forno a 350 graus durante 50 a 60 minutos.



Molho de Manteiga  (opcional, mas delicioso ;)



½ chávena de manteiga

2 colheres de chá de baunilha

1 colher de açúcar

½ chávena de creme de leite

Deixar ferver todos os ingredientes em lume médio, mexendo constantemente

Verter por cima do bolo ainda quente previamente furado cá e lá com um pauzinho de espetadas.

Bom apetite!

Patrícia

Obs. Diana, thanks again for the recipe.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Uma tarte de maçã para receber o outono

Gosto do outono. Gosto dos dias mais curtos, que convidam ao recolhimento. Gosto da aragem fresca, que nos obriga à camisola de malha. Gosto da mantinha no sofá. Gosto dos tons ocre e avermelhados de que a natureza se veste. Gosto da cama de folhas nos jardins. Gosto das castanhas. Das abóboras. Das tartes de maçã, acompanhadas por uma chávena de chá, enquanto o vento assobia lá fora.


A receita desta tarte foi-me dada pela minha cunhada Cristina, que a fez para um dos nossos almoços à beira da piscina, durante as nossas últimas férias no Norte. É bastante fácil e muito saborosa. Uma espécie de tarte upside down.

Ingredientes:
1 rolo de massa folhada
5 ou 6 maçãs
açúcar (usei amarelo) e canela q.b.

Preparação:
Forra-se uma forma de tarte com papel vegetal, untado com manteiga. Sobre este, espalha-se o açúcar e a canela e dispõe-se a maçã. Cobre-se tudo com massa folhada, como se esta fosse uma tampa. Leva-se ao forno a cozer. Desenforma-se a tarte para o prato de servir, virando-a ao contrário.
Descascam-se as maçãs e cortam-se às fatias finas. 

N.B. Tenham cuidado ao desenformar a tarte, para que não derrame líquido.

Ilídia

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Empada Russa de Salmão

Esta empada já a fiz várias vezes porque é muito apreciada cá em casa. E todas as vezes que a faço altero sempre as ervas aromáticas, desta vez usei folhas de aipo fresco o que me surpreendeu pela positiva. Adquiriu um aroma fresco e bem do agrado do pessoal.
Como ainda não havia nenhuma aqui no receitas ao desafio lembrei-me em colocar aqui essa receita que é bem requintada para um jantar em que pretendemos surpreender.



Ingredientes:


Massa

360 g de farinha

180 g de manteiga

1 c. chá de sal

90 g de água

1 ovo, para pincelar

Recheio

25 g de óleo

1000 g de água

1 c. de chá de sal

150 g de arroz agulha

3 ovos, à temperatura ambiente

250 g de chalotas descascada inteira - usei cebolas pequenas

50 de manteiga

250 de cogumelos inteiros e limpos - usei pleurothus

900 g de salmão fresco em filete, sem pele e espinha

2 pitadas de pimenta preta - usei 5 bagas

3 pés de aneto - usei um folhas de aipo

Preparação:

Massa:

1. Coloque no copo a farinha, manteiga, o sal e amasse 15 Seg/Vel. 6.

2. Junte a água e amasse 15 Seg/Vel. 6. Embrulhe a massa em película aderente e deixe repousar no frigorífico 30 minutos.

Recheio:

3. Coloque no copo o óleo, a água e o sal. Insira o cesto e pese o arroz. Coloque na varoma os ovos e programe 15 Min/Varoma/Vel.1.
Retire o cesto, transfira o arroz para um tabuleiro e deixe arrefecer. Reserve.

4. Com o copo limpo coloque as chalotas e pique 3 Seg/Vel. 5. Com a ajuda da espátula faça descer os resíduos da parede do copo.

5. Junte a manteiga e refogue 6 Min/Varoma/Vel. Colher.

6. Junte os cogumelos e pique, 4 Seg/Vel. 4. Adicione 1/2 c. chá de sal e refogue 4 Min/Varoma/Colher Inversa. Reserve numa tigela e deixe arrefecer.

7. Descasque os ovos e separe as claras das gemas. Coloque no copo as claras e pique 1 Seg/ Vel. 4. Reserve numa taça. Coloque as gemas no copo e pique 1 Seg/Vel. 4.

8. Pré-aqueça o forno a 200ºC.

Montagem da empada

9. Divida a massa em duas partes, uma ligeiramente maior que a outra. Estenda a parte menor para formar para formar um retangulo 5 cm maior que o filete de salmão. Coloque a massa num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal.

10. Coloque na massa o arroz reservado por cima de retangulo de massa, deixando uma borda de 3 cm. Espalhe a mistura de cogumelos e chalotas por cima do arroz.

11. Coloque o salmão por cima da mistura de cogumelos, de forma a ter uma camada com altura constante. Tempere com sal, pimenta e funcho. Polvilhe com a gema picada e depois com as claras.

12. Estenda o resto da massa e cubra o recheio de forma a unir as bordas. Pressione levemente as bordas e corte para deixar 2 cm. Revire a borda para selar a empada. Corte ou molde tiras de massa para decorar.
13. Numa taça, bata o restante ovo. Decore a empada com as tiras e pincele com o ovo. Com uma faca, faça várias pequenas incisões no topo da massa, para deixar sair o vapor. Leve ao forno pré-aquecido cerca de 25-30 minutos.


Espero que gostem da minha sugestão.

Beijinhos                                                Susana

domingo, 18 de setembro de 2011

Envelope de maçã, sultanas e canela

Esta receita não é mais do que um Strudel de maçã adaptado. Digo adaptado porque não o fiz com massa caseira. Utilizei embalagens de compra de massa folhada e quebrada, que são um auxílio para a maioria das cozinheiras.

Em vez de dar a forma de rolo, resolvi colocar no meio da massa maçã cortada aos cubinhos, que envolvi em açúcar, canela e sumo de meio limão. A este preparado adicionei sultanas douradas previamente embebidas em vinho do Porto (a receita original não contempla esta iniciativa alcoólica)

Fiz dois envelopes, um de massa folhada e outro de quebrada.
Abri o primeiro rolo, mas deixei a folha de papel vegetal  e coloquei os ingredientes já misturados no meio da massa de alto a baixo. Fechei o envelope.

Fiz o mesmo para o segundo rolo.

Pincelei com gema de ovo, mas não coloquei açúcar pilé por cima, como a receita original.

Fiz três cortes ligeiros na diagonal em cima de cada envelope.

Preparei tudo em cima de um grande prato de vidro de piza de ir ao forno e aconcheguei os dois envelopes para irem ao mesmo tempo ao forno.

Preparei esta sobremesa em 10 minutos, basicamente o tempo de descascar e cortar as maçãs.

Depois o forno fez o resto e muito rapidamente.


Ingredientes para 2 envelopes

1 embalagem de massa folhada
1 embalagem de massa quebrada
5 maçãs - 3 Reineta grandes e 2 Royal Gala médias
sumo de meio limão (também se pode colocar alguma raspa)
açúcar e canela a gosto
100 gramas de sultanas douradas
vinho do Porto qb

Todos gostámos muito.


Deixo-vos uma mensagem doce dentro do envelope.

Um bom domingo!

Patrícia

sábado, 17 de setembro de 2011

Bacalhau Guisado com Grão

PMT                                                                                       In Magia dos Sabores, Culinarium 1

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Bugango Açoriano à Açoriana

Cortar o bugango em 4 partes (como a casca é dura, usei um serrotezinho), retirar-lhe as pevides (que depois de secas e semeadas dão o fruto), lavá-lo e colocá-lo a cozer num tacho coberto com água. Temperar com sal q.b., 1 dente de alho e metade de 1 cebola inteira para dar gosto. Mais no fim da cozedura deitar um fio de azeite. Servir e degustá-lo com uma ou duas colheres de açúcar.




PMT

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Moganga (na Madeira), mogango ou bugango (nos Açores) e moranga (no Brasil) é o nome, possivelmente com origem na língua quicongo, dado a algumas variedades de abóbora das espécies Cucurbita maxima[1] (Açores e Brasil) e Cucurbita ficifolia[2] (Madeira), de polpa alaranjada e casca canelada, dura e raiada de amarelo quando madura. Estas variedades de abóbora são muito apreciadas na Macaronésia e no Recôncavo Baiano.

As plantas são de hábito rasteiro e crescimento indeterminado, com ciclo vegetativo de 80 a 90 dias. Os frutos são de cor verde-escuro com estrias de amarelo vivo a bege. A forma do fruto é globular, relativamente alargada e em geral com gomos bem vincados que lhe conferem uma forma canelada, com um peso entre 2 e 3 kg.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Flognarde de figos e amêndoas

Clafoutis é uma palavra melodiosa. Doce. Mesmo que não se saiba o seu significado, pensa-se logo em coisas boas. Coisas doces. Já flognarde é desagradável. Aquele "nhe" a meio torna-a amarga. Soa quase a "palavra feia". Se um francês me dissesse Tu es une flognarde!, acho que ficava ofendida. Por isso, quanto a mim, o clafoutis não deveria ser privilégio das cerejas. Este doce, feito com outras frutas, deveria ter direito à palavra bonita. Mas, pelos vistos, houve uns senhores franceses que se lembraram que haviam de inventar um nome novo. Bem mais feio, na minha opinião. O doce, porém, é delicioso.



Ingredientes:

  • 10/12  figos frescos
  • 1 mão cheia de amêndoa laminada
  • 60g de açúcar
  • 60g de farinha
  • 15g de manteiga
  • 1 iogurte natural
  • Leite q.b
  • 3 ovos
  • 1 colher de chá de aroma de baunilha (substituí por 1/2 colher de chá de extrato de amêndoa)

Preparação

Pré aquecer o forno a 180º.

Descascar os figos, cortar ao meio e dispor numa tarteira de 22 cm de diametro, SEM fundo amovível (para o creme  não derramar),  com a parte cortada virada para cima.
Distribuir as amêndoas por cima dos figos.

Colocar o açúcar e a farinha no copo e programar 5 segundos, velocidade 5.
Deitar o iogurte numa chávena de 240ml de capacidade, e acabar de encher com o leite, juntar à mistura de farinha e açúcar, bem como a manteiga, os ovos levemente batidos e a baunilha e bater alguns segundos na velocidade 3 ou até estar tudo bem incorporado.

Deitar a massa sobre os figos e levar ao forno cerca de 45 minutos.

Se não tiver Bimby, para preparar o creme, juntar o açúcar e a farinha numa taça e mexer. Juntar os restantes ingredientes e bater até a mistura se encontrar homogénea e bem incorporada.

Receita retirada do blogue da Gisela, Pão e Beldroegas. Um blogue muito inspirador, cheio de coisas boas.


Nota:
1 - Só recentemente descobri este pormenor terminológico. Quando publiquei o meu "Clafoutis de morangos" ainda o desconhecia. Pelos vistos, deveria ter-lhe chamado "Flognarde de morangos". Felizmente, o sabor é o mesmo :)

Ilídia

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Amoras e o Fim (do Verão)


É com muita nostalgia que o Verão chega ao fim.
Apresentam-se  nuvens ventosas, que riscam os céus, as primeiras folhas que esvoaçam, escorraçadas das árvores e chuvas repentinas e copiosas.
Foi-se embora o meu Verão. E quis despedir-me dele com protocolo.
Saboreei estas amoras frescas como sobremesa e fechei os olhos. Acabou-se.
Mas uma força interior impera e exige que prolongue este deleite de fim de Verão.
Assim, e ao longo do ano,  em cada frasquinho de doce que abrir estarei a permitir que o Verão saia, qual Aladino da sua lâmpada mágica.


Receita de doce de Amora

1 kg de amoras silvestres
1 kg de açúcar

Vai ao lume até o doce morno escorrer lentamente na colher.


Patrícia

domingo, 11 de setembro de 2011

Tofú Mágico

As minhas férias já terminaram há muito e eu já devia ter vindo aqui deixar a minha participação, mas já sabem como é! Voltar à rotina e aos mesmos hábitos leva o seu tempo, por isso espero que as minhas colegas me perdoem. :) 
E como reparei que esse blog ainda não tem nenhuma etiqueta com comidas vegetarianas eu decidi abrir com uma receita de tofú bem simples de fazer, e que fica bem saborosa. Fui buscar a receita ao Blog da Rute que tem muitas parecidas com essa. Aqui fica uma sugestão mesmo para os carnívoros ferranhos!



Ingredientes:

500 gr Tofú fresco

1/2 embalagem Maggi "Directo ao Forno"

Azeite q.b.

4 dentes de Alho

Sal q.b.

Sumo de limão

Fiz assim:

Cortei o tofú aos cubos médios e temperei de sal, pimenta e alho picado. Deitei no saco Maggi, juntei metade do pó maggi, um pouco de água e fio de azeite. Fechei, chocalhei e levei ao forno, (a outra metade de pó pode usar noutro dia com papel de aluminio).

No fim dos 30 minutos recomendados, cortei o saco, reguei com sumo de limão e mais azeite.

Servi com arroz branco e com salada de alface.

Espero que apreciem a sugestão.
Beijinhos                                           Susana



sábado, 10 de setembro de 2011

Lombo com Chutney de Amoras Silvestres


Toca o telefone. Lá vou eu apressada a pensar quem é que me está a interromper o tempo precioso que destino ao blog.

- Sou eu, a Ilídia. Ligo-te para te dizer que estamos em sintonia.

No momento fiquei sem perceber de que falava. Mas rapidamente percebi que enquanto eu editava esta receita, a criadora do receitasaodesafio já tinha visto a foto da receita e delirava com o chutney de amoras silvestres, ela que também tinha acabado de fazer um chutney, mas de figo. Uma verdadeira sintonia culinária!

Depois seguiram-se muitos minutos de conversa telefónica, que poderiam ser horas, sobre os mais diversos assuntos porque a Ilídia é assim: o entusiasmo em pessoa.

Na verdade, há algum tempo que ando a querer experimentar confecionar "chutney". Sei que existe pronto a consumir no mercado, de manga, mas resolvi aventurar-me pela gastronomia indiana, de onde o chutney é originário, e criei o meu chutney de amoras silvestres.

É tempo de amoras. Seja esta receita um hino a elas. Um momento no tempo para degustá-las numa versão agridoce.

Ingredientes para o Lombo

1 lombo de porco
azeite
alecrim
sal
2 colheres de sopa de molho de soja
2 colheres de sopa de molho inglês
alho em pó
1 copo de vinho branco
mistura de cinco pimentas
1 lima

Meia hora antes temperei o lombo com sal e envolvi em alecrim. Reservei.
Coloquei numa frigideira azeite e levei o lombo a selar a carne deixando-o ligeiramente tostado de todos os lados. Tive o cuidado de nunca o furar para não sairem os sucos.
Depois de selado coloquei-o num tabuleiro onde já tinha misturado o molho de soja, o molho inglês, o sumo da lima, alho em pó a gosto, as mistura de cinco pimentas e o copo de vinho.
Deixei arrefecer e guardei no frigorífico de um dia para o outro, mas é facultativo fazê-lo.
No dia seguinte, aqueci o forno a gás e coloquei o lombo a assar, virando-o e regando-o algumas vezes.
Preparei o acompanhamento.

Ingredientes e modo de preparação das batatas assadas.

Descasquei batatas de tamanho médio e cortei-as aos gomos.
Dispu-las num tabuleiro. Temperei-as com sal, ervas aromáticas para saladas alho em pó e alecrim ( por esta altura já devem ter percebido que adoro alecrim).
Reguei-as com azeite a gosto e cobri-as com um copo de água ao qual adicionei uma colher de sopa de polpa de tomate. Misturei tudo e levei-as ao forno eléctrico. Esta é a vantagem de se ter dois fornos em casa. Há situações em que são bem necessários e esta foi uma delas.

Ingredientes e modo de preparação do chutney de amoras silvestres

Coloquei numa caçarola, em lume brando,  4 colheres de açúcar e 1 colher de vinagre deixando formar uma calda. Quando a calda começou a ferver adicionei   8 colheres de sopa de amoras silvestres, 1 colher de sopa de manteiga, 2 cravinhos e 1 colher de café de gengibre em pó.
Mexi tudo até a fruta ficar macia e o chutney ficar com consistência de doce.
Verti o chutney por cima do lombo já fatiado e empratado.


Esta refeição foi sem dúvida um deleite para o paladar.

Um bom fim de semana!
Patrícia

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Uma sobremesa que nos enche as medidas

Muita gente associa a Nigella Lawson a comida calórica. E com razão. As calorias não são a primeira preocupação desta senhora. Deve concordar com o meu excelentíssimo marido, que considera que são as calorias que dão sabor à comida :) Este cheesecake encaixa na categoria receitas-hiper-calóricas-que-sabem-muito-bem. Que nos enchem as medidas. Em todos os sentidos :)

Conselho: Façam-na num dia em que tenham bastantes convidados. Assim, têm a certeza de que não sobra nada para o dia seguinte. Nada de a fazer para um jantarzinho a quatro! Depois, quem é que come o que restar? Nós, não é verdade? É que é pecado deitar comida fora. Melhor ainda, façam-na quando forem jantar a casa de alguém. Assim, o resto fica lá :)


Cheesecake de chocolate e manteiga de amendoim


Ingredientes (para 10-12 pessoas, ou menos, se forem muito gulosas :)
Para a base:
200 g de bolachas digestivas
50 g de amendoins salgados
100 g de pepitas de chocolate negro
50 g de manteiga sem sal

Para o recheio:
500 g de queijo-creme
3 ovos inteiros
3 gemas
200 g de açúcar
125 de natas azedas (sour cream)
250 g de manteiga de amendoim

Para a cobertura:
 250 g de natas azedas
100 g de pepitas de chocolate de leite
30 g de açúcar castanho

1 forma redonda de 23 cm, de fundo amovível

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 170 graus. Triture as bolachas, os amendoins, as pepitas de chocolate negro e a manteiga para a base. Quando se fundirem, deite na forma e pressione no fundo para criar a base crocante. Reserve no frigorífico.
Para fazer o recheio, deite o queijo-creme, os ovos inteiros, as gemas, o açúcar, as natas azedas e a manteiga de amendoim na taça limpa da batedeira e bata até obter uma mistura macia.
Deite o recheio sobre a base na forma fria e meta no forno durante 1 hora, mas verifique a cozedura passados 50 minutos. Apenas o topo deve estar firme e seco.
Retire o cheesecake do forno enquanto faz a cobertura. Aqueça levemente as natas e o chocolate com o açúcar castanho numa caçarola pequena sobre o lume brando. Mexa para misturar o chocolate ao derreter e retire do lume.
Com uma colher, espalhe a cobertura muito levemente sobre a parte de cima do cheesecake, tendo cuidado se quebrar a superfície do cheesecake. Volte a colocar no forno durante mais 10 minutos.
Uma vez fora do forno, deixe o cheesecake arrefecer na forma, depois tape e coloque no frigorífico durante a noite. Quando for para servir, retire-o do frigorífico, só para perder um pouco o frio. Assim, será mais fácil tirá-lo da forma. Não o deixe aquecer demasiado, pois ficará aguado e será difícil de cortar.

Fonte: Cozinha - O coração da casa, Nigella Lawson, Editora Civilização

Notas (do livro):
1. Faça o cheesecake até 2 dias antes. Refrigere conforme indicado. Não cubra até estar completamente frio. Depois tape com um prato ou película aderente, não tocando na superfície. Desenforme e sirva conforme indicado na receita. Aguenta no frigorífico até quatro dias (Como se fosse possível :)


2. O cheesecake pode ser congelado até 1 mês. Deixe arrefecer bem e embrulhe, ainda na forma, numa camada dupla de película aderente e numa camada de papel de alumínio. Descongele durante a noite no frigorífico e consuma em 2 dias. Pode surgir alguma condensação à superfície ao descongelar, mas pode comer.

Nota (minha): 
Desenformei o cheesecake, mal o tirei do forno. Não li a receita até ao fim (Que vergonha! Sempre a dizer aos alunos que leiam os testes até ao fim antes de os começarem a fazer... ), daí que os lados tenham ficado inestéticos. Tive, então, que derreter um pouco de chocolate, barrar os lados com ele (para servir de "cola") e cobri-los com pepitas de manteiga de amendoim, como podem ver nas fotografias. Tentem não ser tão desastrados como eu, sim?

Beijinhos
Ilídia

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ninhos de Ovos com Molho de Atum à Piamontesa

A receita que se segue é deveras simples, rápida e muito saborosa. Se for acompanhada por um bom vinho… tanto melhor!!! Naturalmente que as quantidades deverão ser aumentadas consoante o número de pessoas.





Alourar levemente dois dentes de alho picados em azeite. Juntar duas latas de atum e envolver durante uns minutos; adicionar um frasquinho de molho “Piamontesa” e deitar umas azeitonas picadas para acentuar o sabor, mas desta vez não o fiz. Mexer durante uns minutos e servir por cima da massa “ninhos de ovos” que foi cozida  noutro tacho em água e sal.





PMT

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Miniaturas de Frango com Noz-Moscada e Puré Tricolor
































O que fazemos quando temos crianças que, de vez em quando, torcem o nariz aos legumes?

Criamos pratos coloridos.

Esta é uma refeição muito fácil de confecionar, de comer e as crianças adoram as miniaturas de frango.

Ingredientes para as miniaturas
2 peitos de frango
alho em pó
sal
mistura de pimentas
noz-moscada
azeite

Ingredientes para os purés
batatas
cenouras
bróculos
manteiga
leite
sal
noz-moscada

Confeção dos purés

Descascam-se as batatas, as cenouras e cortam-se aos bocadinhos para acelerar a cozedura.
Limpam-se os bróculos e dividem-se em raminhos. (Cozi tudo a vapor para preservar um sabor mais intenso dos legumes mas se decidirem cozer em água, e se não quiserem sujar muitas panelas, poderão no mesmo recipiente cozer todos os legumes e ir retirando os que forem estando cozidos, quase sempre por esta ordem: bróculos, batata, cenoura).
Quando estiver tudo cozido, começa-se por fazer o puré de batata, que tem de ser em quantidade maior do que os outros porque vai fazer parte destes.
Para fazer o puré, desfiz as batatas quentes com a batedeira, adicionei manteiga a gosto, leite e noz-moscada.
Transformei os bróculos e a cenoura também em puré adicionando-lhes parte do puré de batata, leite, manteiga e noz-moscada.

Obs. Quando colocarem o leite terão de ter em conta a consistência do puré. Se for para colocá-lo em saco de pasteleiro terão de deixá-lo mais consistente. É importante também provar os purés para retificar o sal.

Confeção das miniaturas

Cortam-se aos bocadinhos os peitos de frango (faço pequenos bifinhos) e temperam-se com sal, mistura de pimentas, noz-moscada e alho em pó.
Colocam-se numa frigideira com azeite e deixam-se cozer mexendo de vez enquando com uma colher de pau até estarem douradinhos.


Decorei com azeitonas pretas descaroçadas que recheei com pedacinhos de  cenouras de curtume.

Simples e rápido, não acham?

Patrícia

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tarte de Chocolate Cá de Casa




Apesar de constituir-se como uma verdadeira bomba calórica, esta tarte de chocolate é, no meu "modesto" entender, a mais saborosa tarte de chocolate de todas as que até aos dias de hoje provei. A receita tem vários anos, porque sempre conheci esta tarte cá em casa, e fui buscá-la ao caderninho de receitas da minha mãe com o título " Tarte de Chocolate da Leonesa". A Leonesa vem a ser a cunhada da minha tia-avó que tem 90 anos. A Leonesa deve ser uma década mais nova. (peço desculpa por este aparte que, na realidade, não interessa aqui para a receita, exceto para confirmar o facto de que a receita não é recente). O que me intriga é que pessoas com esta idade, pelo menos aqui nas ilhas, não tinham o costume de fazer tartes doces e quiches, uma coisa moderna e das cozinheiras de hoje. Será mesmo assim? Perguntem às vossas mães e avós e depois digam-me. Só por curiosidade.

Vamos então à receita.


Massa


250 g de bolacha Maria; 
125 g de manteiga amolecida; 
2 colheres de sopa de açúcar (não coloquei); 
3 colheres de sopa de leite


Recheio


125 g de chocolate de culinária; 
30 g de farinha; 
50 g de açúcar; 
80 g de manteiga; 
1 colher de chá de maizena; 
2 ovos inteiros; 
1 mousse; 
1 cálice de rum ou aguardente (utilizei  vinho do Porto); 
2,5 dl de leite.


Cobertura


300 ml de natas
2 ou 3 colheres de açúcar


Modo de preparação


Tritura-se a bolacha e mistura-se com a manteiga, o açúcar e o leite até estar moldável para se forrar o fundo de uma tarteira grande. Leva-se ao forno a tostar ligeiramente a massa. Deixa-se arrefecer.

Batem-se os ovos e juntam-se as farinhas, o açúcar e mistura-se bem.
Adiciona-se o leite a ferver. Vai ao lume até fazer creme, mexendo sempre. Junta-se a manteiga, o chocolate moído, o pó de mousse e o rum. Mistura-se bem e coloca-se por cima da base de bolacha. 
Numa tigela batem-se as natas previamente refrigeradas. (Quando as compro vão logo diretamente para o frigorífico. Coloco-as no congelador 1 hora antes de batê-las). Depois de batidas, adicionam-se as colheres de açúcar e bate-se novamente para dissolver e incorporar o açúcar.
Dispõe-se este chantilly por cima da camada de chocolate já colocada na tarte.

Obs. É conveniente deixar arrefecer o recheio antes de colocar o chantilly.


Vai uma garfada?

Patrícia